domingo, 10 de agosto de 2008

Juízo: O maior presente

Juízo: O maior presente!!


Blog normalmente é criado para se discutir o cotidiano, as coisas que realmente importam, ou que não importam, mas sempre é notícia. Na verdade nunca vi um que a definição seja pessoal, a fim de divulgar abertamente a vida da pessoa. Não foi por isso que criei um blog, e não criaria também se não tivesse sentido abri-la.

Mas hoje, dez de agosto, não passaria se não significasse nada para aqueles filhos que insistem em não dizer no mínimo um muito obrigado ao homem que o incentivou a ser o que é hoje, por mais insignificante que você seja. Passaria em branco se ele não tivesse dado um mínimo de caráter a você, e dizer que você é o cara, que você realmente pode mudar algo, pode virar o jogo.

Hoje não seria especial se, por menos que você goste, por menos que você se comunique com ele, não haveria porque de não dizer um simples "parabéns", munido de um abraço, nunca parecido com aquele que, no seu primeiro dia de vida, o abraçara firmemente sempre com a esperança de que um dia você iria retribuí-lo.

Não seria dia se, após o almoço, você não comentasse sobre sua faculdade, seu trabalho, seus planos, e ele, mesmo se você não pedisse, lhe daria os melhores conselhos possíveis. Talvez não houvesse dia se ele não acobertasse suas malandragens, não olhasse para você sempre pensando em seu futuro.

Não haveria dia se, algum dia, sabendo de seus problemas, e por mais que você se sentisse culpado, voltasse contra o mundo para lhe defender, lhe apoiar e lhe salvar de mais uma enrascada. Seria um simples dia se em algum momento ele não virasse seu super- herói de verdade e, para lhe ver mais feliz, fizesse papel de bobo em meio a uma multidão,

Se tivesse feito apostas com mais da metade da família para adivinhar seu sexo antes que você nascesse, e perdesse, fazia questão de preparar o mais belo presente para tentar lhe animar e para pelo menos tentar ouvir como primeira palavra, "pai".

Fazia as mais belas loucuras, dava os mais lindos presentes e nunca pedia nada em troca. Afinal você com sua tão pouca idade não poderia retrucar às suas espectativas. Hoje você cresceu, e por mais que o chame de velho, passado entre tandos outros adjetivos, ele ainda continua lhe carregando no colo, mas seu pedido é sempre o mesmo, e suas espectativas também são aquelas em que, no seu primeiro dia de vida, propôs a ele mesmo, acima de qualquer situação: ele quer lhe ver feliz.!!!


Feliz dia dos pais a todos nós, e a todos eles.


Guilherme Barros

terça-feira, 5 de agosto de 2008

PTiscos para você
Nem Anchieta Filho, em seu momento mais louco, pensou em falar de política logo em seu primeiro texto como universitário. Aquele que, por menos que parecesse útil, teria grande repercussão em qualquer que fosse o meio de comunicação. Bom, se bem que àquela época "blog" era apenas onomatopéia de cocô caindo na privada, creio que quem escreve algo escreve para alguém ler. Sabendo da sorte de a internet estar no seu auge, e, Filho muito bem consolidado, tenham o prazer (e a paciência) de ler minha primeira publicaçâo.
Tudo bem, eu sei que o povo já não aguenta mais os populares "jingles" de campanha política, apesar de eles terem começado agora, mas prefiro insistir, e apesar de parecer um pouco maluco, que política também está no seu auge. Serei um pouco caseiro e falarei apenas da cidade onde moro.
A turbulenta cidade de Jundiaí está parecida com as cidades mineiras que, antes da política do café-com-leite, preferiam usar ao seu favor o tradicional voto de cabresto. A diferença da cidade mineira para Jundiaí está na época: uma acontecia no início do séc. 19 e outra, em 2008.
Dois partidos correm e concorrem à mesma cadeira. O PSDB, de Miguel Haddad, está há vinte anos "tomando conta" da cidade, O PT, de Gérson Sartori, prioriza a retirada, nem que seja à força, para enfim tentar um lugar ao sol. Acompanhei nas últimas semanas a "corrida" ao eleitorado. Sabendo que só um cheagará lá, começo a entender o que realmente é politicagem: para quem vota pela primeira vez, como o meu caso, e vota acima de tudo consciente, ambos os candidatos fazem do eleitor uma verdadeira borracha. A situação, em Jundiaí, está bastante equilibrada.
Porém o equilibrismo a que me refiro é um pouco por culpa do TSE, que só permite "jingles" nas campanhas, e um pouco pela própria população. Voltando ao voto de cabresto, os eleitores mais antigos, que acompanham a evolução do mundo, não conseguem mais enxergar, apesar de a cidade já estar consolidada nacionalmente, e diga-se de passagem, com o governo do PSDB, que Jundiaí realmente precisa de mudanças. Getúlio Vargas sucumbiu com o tempo. Não priorizo partidos, mas nota-se por parte da população que, apesar do "boom" econômico que Jundiaí teve, ninguém aguenta mais PSDB.
Trocando em miúdos, e apesar de meu amigo Emanuel Moura discordar, o PT teria alavancado as pesquisas se o TSE permitisse campanhas como antigamente , aquelas em que autorizavam, comícios, liberavam o carro de som até altas horas para candidato poderer falar o que bem entendiam. Com essa pré-sensura aos candidatos a chance de desconsolidar a panela local ficam muito mais remotas. Apenas por isso o a igualdade permanece em Jundiaí, e a chance de termos um inédito segundo turno na cidade cresce a cada dia.
Haddad, apesar de ter ainda a maioria dos votos em Jundiaí, está pecando pela organização e pela omissão a seus candidatos. Não os desprezando, mas achando que os tempos são os mesmos de antigamente, e que rotina é uma coisa que ninguém muda. Sartori sai atrás pelo medo do jundiaiense de elegê-lo e perder tudo que a cidade conquistou com o governo PSDB. O contexto das propostas nunca foram tão bons, e apesar da igualdade técnica entre ambos os candidatos, está dificil de o jundiaiense enxergar que o futuro promissor da cidade é inevitável. Cabe a nós agilizá-lo.
Guilherme Barros