terça-feira, 5 de agosto de 2008

PTiscos para você
Nem Anchieta Filho, em seu momento mais louco, pensou em falar de política logo em seu primeiro texto como universitário. Aquele que, por menos que parecesse útil, teria grande repercussão em qualquer que fosse o meio de comunicação. Bom, se bem que àquela época "blog" era apenas onomatopéia de cocô caindo na privada, creio que quem escreve algo escreve para alguém ler. Sabendo da sorte de a internet estar no seu auge, e, Filho muito bem consolidado, tenham o prazer (e a paciência) de ler minha primeira publicaçâo.
Tudo bem, eu sei que o povo já não aguenta mais os populares "jingles" de campanha política, apesar de eles terem começado agora, mas prefiro insistir, e apesar de parecer um pouco maluco, que política também está no seu auge. Serei um pouco caseiro e falarei apenas da cidade onde moro.
A turbulenta cidade de Jundiaí está parecida com as cidades mineiras que, antes da política do café-com-leite, preferiam usar ao seu favor o tradicional voto de cabresto. A diferença da cidade mineira para Jundiaí está na época: uma acontecia no início do séc. 19 e outra, em 2008.
Dois partidos correm e concorrem à mesma cadeira. O PSDB, de Miguel Haddad, está há vinte anos "tomando conta" da cidade, O PT, de Gérson Sartori, prioriza a retirada, nem que seja à força, para enfim tentar um lugar ao sol. Acompanhei nas últimas semanas a "corrida" ao eleitorado. Sabendo que só um cheagará lá, começo a entender o que realmente é politicagem: para quem vota pela primeira vez, como o meu caso, e vota acima de tudo consciente, ambos os candidatos fazem do eleitor uma verdadeira borracha. A situação, em Jundiaí, está bastante equilibrada.
Porém o equilibrismo a que me refiro é um pouco por culpa do TSE, que só permite "jingles" nas campanhas, e um pouco pela própria população. Voltando ao voto de cabresto, os eleitores mais antigos, que acompanham a evolução do mundo, não conseguem mais enxergar, apesar de a cidade já estar consolidada nacionalmente, e diga-se de passagem, com o governo do PSDB, que Jundiaí realmente precisa de mudanças. Getúlio Vargas sucumbiu com o tempo. Não priorizo partidos, mas nota-se por parte da população que, apesar do "boom" econômico que Jundiaí teve, ninguém aguenta mais PSDB.
Trocando em miúdos, e apesar de meu amigo Emanuel Moura discordar, o PT teria alavancado as pesquisas se o TSE permitisse campanhas como antigamente , aquelas em que autorizavam, comícios, liberavam o carro de som até altas horas para candidato poderer falar o que bem entendiam. Com essa pré-sensura aos candidatos a chance de desconsolidar a panela local ficam muito mais remotas. Apenas por isso o a igualdade permanece em Jundiaí, e a chance de termos um inédito segundo turno na cidade cresce a cada dia.
Haddad, apesar de ter ainda a maioria dos votos em Jundiaí, está pecando pela organização e pela omissão a seus candidatos. Não os desprezando, mas achando que os tempos são os mesmos de antigamente, e que rotina é uma coisa que ninguém muda. Sartori sai atrás pelo medo do jundiaiense de elegê-lo e perder tudo que a cidade conquistou com o governo PSDB. O contexto das propostas nunca foram tão bons, e apesar da igualdade técnica entre ambos os candidatos, está dificil de o jundiaiense enxergar que o futuro promissor da cidade é inevitável. Cabe a nós agilizá-lo.
Guilherme Barros